sábado, 12 de dezembro de 2009

Cada século reinterpreta o passado de modo que este sirva aos próprios fins (qualquer que seja o esforço feito para preservar o seu recuo, os historiadores não podem libertar-se internamente das idéias preconcebidas mais gerais da época em que vivem.
Quando os tempos são calmos (...) estão normalmente satisfeitos com o passado (...) mas nos períodos tempestuosos, quando a vida parece sair dos esquemas habituais, aqueles que o presente descontenta ficam igualmente descontentes com o passado (...) O passado é uma espécie de tela sobre a qual cada geração projeta sua visão do futuro e, portanto tempo quanto a esperança viva no coração dos homens, as histórias novas suceder-se-ão. (BECKER, In: ELIAS, 2004, p. 4).

Um comentário:

  1. Que é mesmo a minha neutralidade senão maneira cômoda, talvez, mas hipócrita de esconder minha opção ou meu medo de acusar a injustiça? Lavar as mãos em face da opressão é reforçar o poder do opressor, é optar por ele. (FREIRE, 1996, p.126.)

    ResponderExcluir