Trabalho de estudo:
Discussões do grupo
A importância da pesquisa
O valor único coletivizado
Minha posição em relação ao grupo é a de que estar no GEPI é como cuidar de nosso jardim interior em abraçar a vida de forma ativa e estar atento às solicitações momentâneas e adversas que nos cabem trabalhar, ouvir o que a vida nos coloca em mãos fortalecendo as teses das existências pacíficas; como o axé que representa a razão do existir, o grupo está e se coloca como uma razão de ser; como fundamenta o educador por mim tão estimado, Paulo Freire, que pelo meu incipiente conhecimento, é exemplo de um ser que representa tudo aquilo que encontro dificuldades em expandir:
Não é possível refazer este país, democratizá-lo, humanizá-lo, torná-lo sério, com adolescentes brincando de matar gente, ofendendo a vida, destruindo o sonho, inviabilizando o amor. Se a educação sozinha não transformar a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda. (FREIRE, 1996, p.45.)
Daí uma força necessária como uma magia que o cinema apresenta nos filmes de nossas vidas como sustenta o diretor e cineasta Fellini: “A improvisação é um milagre que só engana quem desconhece a técnica necessária para as práticas criativas”, e é assim que eu percebo o grupo, que exige uma rigorosidade em pesquisar aquilo que somos para expandirmos como ponto crucial a ponto de trabalhá-lo a integrar à voz coletiva e belissimamente a voz do grupo nos orienta que se não houver uma estrutura de valores estabelecidos para viver não se pode seguir e isto exige que participemos do eixo de culminância espiritual em sermos um corpo ativo e que se não formos capazes de nos encontrarmos no outro e com o outro, não nos encontraremos com ninguém o que para mim é claro como um aforismo Confucionista que questiona a situação de que se perdêssemos a proteção dos céus em que lugar poderíamos restar seguros? No retornar ao histórico de nós mesmos de forma amorosa leva à possibilidade de se reconstruir a cada momento e com uma nova percepção exercida de uma reflexão alimentada por todos.
E o “ato de dar sentido à vida” pode ser feito a cada momento, por qualquer pessoa, independentemente de sua idade, sexo, classe social, nível de escolaridade etc. E, com essa perspectiva, incorporamos a Educação como disciplina, e a interdisciplinaridade como atitude perante o saber, (...) ampliando a reflexão sobre o tema.
(BRANDÃO, Vera 2008, p. 16)
Tenho para mim, e faço minhas as palavras de Goethe:
Quem não está convencido de que todas as manifestações da essência humana, a sensibilidade e a razão, a intuição e os entendimentos, devem ser desenvolvidos para se tornarem predominantes em cada um, passará a vida se esgotando nesta redução desagradável e nunca compreenderá, porque tem tantos inimigos tenazes e porque ele mesmo às vezes também vai confrontar outros como inimigos. Assim, um homem nascido e formado para as assim chamadas ciências exatas, quando estiver no ápice de sua razão – entendimento não compreenderá facilmente que pode haver também uma fantasia sensível exata, sem a qual a arte é impensável. (Goethe, 1998, p. 42.)
E percebo a importância da reverberação:
Oração para a Microafinação
Ao grande ser o meu sincero agradecimento ao Pai celestial,
Que eu seja um instrumento da paz,
Que eu afaste o ódio e vibre o amor,
Que eu sempre mantenha afinado o meu instrumento interior.
Na ofensa que eu nunca perca calma e perdoe mesmo
sendo ofendida porque somos todos partes do grande pai.
Que a humildade me guie no caminho para a contribuição em partilha
E a sempre ter forças para lutar por ela.
Que a fé seja a luz sobre a dúvida.
Que a esperança brilhe apagando o desespero
Que este seja desacreditado
Como é a ilusão, a tristeza, o erro, a dor e as trevas
Que eu vibre sempre a luz com a cor da fé
A fé na vida que fortalece os homens em sorriso como contribuição à paz universal
Pai querido, eu agradeço o caminho, o guia, a luz, e a felicidade
Prometo sempre tocar meu instrumento um pouco melhor a cada dia para que sua música seja divina em todas as suas tonalidades.
Grazie per Tutti Caterina
(Memorial Acadêmico, 2009, A memória é uma Ilha de edição)
De todos os problemas que enfrentamos diariamente, e que não são poucos, percebo a profunda importância em fazer reverberar uma vibração amorosa e ativa que nos cure dos apegos infantis a todos nós e nos faça saltar para um estado de vibração que tenha uma ordem harmônica e vibre a música da beleza interior em expansão. Não podemos mais viver numa ilusão coletiva que desrespeita profundamente as essências em razão de um pequeno status fictício e confortos predefinidos, que possamos nós caminhar pela liberdade de estar em contato com todos que se propuserem a praticar esta onda de vibração a favor da cura de nosso planeta tão sofrido com seres que decaíram em ruínas existenciais da mais profunda ignorância existentes no pensar que a realização acontece ao se pisar nos outros seres para se perpetuar-se no topo sem ao menos refletir sobre esta posição que poderia ser um ponto de contemplação que elevasse a todos e ao mesmo patamar, sem jamais ter que agir de forma egoísta, pois, isto fere a natureza humana.
Tenho dificuldades em objetivar a minha existência, em não poetizar as palavras e sim integrá-las na ação, fazer valer o sentido da comunicação. Percebo que a cada momento de minha formação sinto que poderia estar além, porém há o materialismo histórico e é preciso buscar a existência que grita uma alimentação diária, tenho que pensar em todos, me salvar, e libertar-me de minha auto-opressão, resumindo, seria, o crescer. E não posso fazê-lo sozinho, não há sentido nisso, pois, se não evoluo junto me prejudicarei junto, é fato.
Como desabafa Chico Science:
A engenharia cai sobre as pedras, um curupira já tem o seu tênis importado, não conseguimos acompanhar o motor da história mas somos batizados pelo batuque e apreciamos a agricultura celeste, mas enquanto o mundo explode nós dormimos no silêncio do bairro fechando os olhos e mordendo os lábios. Sinto vontade de fazer muita coisa... (Chico Science, Enquanto o mundo explode, 1996.)
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